terça-feira, 26 de novembro de 2013

Critica sobre o livro Alem do bem e do mal

Este livro chamara a atenção de um famoso jornalista do jornal suíço "Bund", Widemann. "Os 'stocks' de dinamite que foram usados para a construção da via - férrea de Gouthard ostentavam uma bandeira negra para anunciar um perigo de morte. É neste sentido muito preciso que nós falamos do novo livro do filósofo Nietzsche como sendo um livro perigoso. Mas este termo não contém a menor crítica ao autor e à sua obra, da mesma forma que essa bandeirola negra não estava lá para criticar o explosivo. Longe de nós ainda a idéia de entregar o pensador solitário aos corvos e rãs da pia batismal, atraindo atenção para o caráter perigoso do seu livro. A dinamite, espiritual como material, pode servir a uma obra muito útil. Não é preciso usá-la com fins criminosos. Mas onde for colocado o 'stock' é melhor dizer claramente: Aqui há dinamite!... Nietzsche é o primeiro a conhecer um novo caminho, tão assustador que sentimos realmente medo quando o vemos seguir, solitário, essa senda até agora não trilhada!...
É com esse artigo que a publicação do "Para além do bem e do mal - PABM" é recebido pela crítica. Mas o que há nesse livro para ser tão temido? É que encontramos em cada uma de suas páginas, uma nova interpretação para a vida e o mundo, uma visão ímpar que fora deixada despercebida pelos grandes filósofos da história. Na medida em que o folheamos, somos apresentados a filosofia de Nietzsche  - que foi um grande filósofo do século XIX, que exerceu e ainda exerce grande influência na filosofia.
Poucos são os livros em que neles encontramos algo de tão novo e ao mesmo tempo tão perigoso. Quando lemos um livro de filosofia, somos apresentados a visão do autor sobre certos temas – que pode ser a favor ou contra a nossa visão sobre o mesmo assunto; o que na maioria das vezes acontece quando terminamos de lê-los, é que passamos a ter argumentos, pró ou contra, os temas abordados no livro, portanto, ao deixarmos a leitura, ganhamos apenas argumentos a mais sobre nossas idéias que tínhamos antes da leitura; o que não acontece na leitura de PABM, pois, nesse livro somos apresentados a questionamentos que são anteriores as nossas noções mais primitivas das coisas.

 Widemann parecia saber exatamente quais palavras que mais lisonjeariam Nietzsche, que, naturalmente, rejubilou-se com o artigo.

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